A guerra pelo Talento vence-se na batalha do Propósito

A Guerra pelo Talento Vence-se na Batalha do Propósito  

Todos queremos ser (e ter nas nossas equipas) pessoas motivadas, competentes e realizadas. Longe vai o tempo em que este pleno se atingia com políticas uniformes e bem-intencionadas. Hoje, com a escassez de talento regularmente reportada – culpe-se a demografia, a globalização ou as tendências emergentes – nunca fez tanto sentido voltarmos a falar da “War for Talent”. Quem tem talento é rei, pois a vantagem estratégica está com quem conseguir atrair e reter o seu talento de forma mais eficaz e apaixonada que os seus competidores.  

Na Header, reorganizámos a estratégia de gestão em torno da tríade pessoas, cultura e negócio. Assumimos que a luta pelo talento é travada no campo do propósito – a coerência ao longo do tempo entre o que se defende e como se age. Mais, a congruência entre comportamentos, os valores e a cultura vivida dentro de portas. 

Enquanto pessoas, queremos trabalhar para algo maior que nós e que os resultados do próximo trimestre. Queremos maior integração entre o que somos e o que fazemos e para isso precisamos de políticas de remuneração, benefícios e carreira que reconheçam o nosso contributo. 

A nossa cultura deve ser reforçada com a liderança de topo a inspirar-nos com o nosso propósito. Precisamos que este seja a bitola por onde medimos cada objetivo estratégico, política ou prática, e para ele contribuirmos em cada decisão tomada. Nunca a liderança pelo exemplo foi mais importante que neste exercício genuíno de “walk the talk”. 

Por fim, o negócio. O envolvimento do cliente como parceiro de jornada é fundamental. Precisamos de conseguir não só verbalizar o contributo que damos ao mundo que desejamos ter, mas também devemos ter a capacidade de influenciar os nossos stakeholders a fazer este caminho connosco. A autenticidade deste processo traz confiança e relações duradouras, verte-se para os serviços e/ou produtos que a organização entrega e é catalisador perante outros, ao convidá-los a viver uma ideia que é maior que o último post, a última trend ou o último negócio angariado.  

Queremos as nossas pessoas motivadas, competentes e realizadas. Dedicadas a algo que nos transcende e que responda à pergunta que todos fazemos nalgum momento da nossa vida: Qual será o nosso legado? Com a coragem que este caminho implica, teremos connosco o talento que precisamos, pois não conseguimos atrair, desenvolver ou reter talento se formos algo menos que autênticos e coerentes na nossa forma de estar. Temos que ser, de propósito, quem queremos ser. Com e sem trocadilho! 

Por Rita Duarte, CEO da Header