O grande segredo para uma empresa feliz e que atinge excelentes resultados está na Cultura Organizacional. Salário e benefícios funcionam, mas por pouco tempo – e as organizações não podem aumentar salários a cada três meses. Por outro lado, uma cultura transparente, onde as pessoas sabem onde se está e onde é suposto chegar-se, que têm a exata noção do impacto do seu trabalho nos resultados organizacionais, aumenta drasticamente a probabilidade de se atingirem os resultados.
Não é por se terem pequenos almoços grátis, mesas de ping pong, salas da sesta, jogos Playstation, escorregas e Nerf battles, que se constrói uma boa cultura organizacional. A cultura constrói-se quando as pessoas sentem que a organização se preocupa com elas.
A liderança tem de ser próxima e preocupada. Um líder que exige resultados, mas não está próximo das pessoas e não faz ideia do que está a exigir ou das suas consequências, só está a criar uma pressão desnecessária que pode levar a saídas voluntárias dos melhores talentos; pois são esses que sairão com mais facilidade, pois têm mercado.
O desenvolvimento das pessoas é crucial para o desenvolvimento do negócio. Pessoas mais preparadas atingem melhores resultados e pessoas que veem o investimento das suas organizações em si, são mais comprometidas e leais. Pessoas mais comprometidas e leais são mais felizes e produtivas. Simples.
As estratégias de Employer Branding trabalham a comunicação interna e externa, mas elas têm de ser congruentes e complementares. A comunicação interna é mais fácil de controlar e apenas os colaboradores têm acesso; no entanto, a comunicação externa fica ao dispor de todos. Muitas organizações pedem os testemunhos aos seus colaboradores para os publicarem nas redes sociais. Os colaboradores acabam por dizer e/ou escrever aquilo que fica bem e não o que pensam ou sentem. Isto acaba por funcionar bem para fora mas, para dentro, acaba por ter o efeito contrário, pela hipocrisia que muitas vezes encerra.
A confiança também tem de existir, de parte a parte. Se as organizações e as pessoas não se confiarem mutuamente, não se criam as condições necessárias para o sucesso. Aqui, as chefias intermédias têm um papel fundamental e, na maior parte dos casos, não estão preparadas e/ou não têm as condições para o fazer. Cabe às organizações manterem uma estratégia de negócio minimamente coerente – que não muda todos os dias – formar as chefias intermédias para poderem liderar eficazmente as suas equipas e, muito importante, partirem do pressuposto que podem confiar nas pessoas, para que as pessoas possam retribuir.
As relações entre organizações e as pessoas são como as relações conjugais; tem de haver respeito, confiança, comunicação, cuidado, investimento e boa-vontade mútuos. Se assim não for, estão reunidas as condições para a separação e para a procura de uma nova relação.
«Atingir excelentes resultados organizacionais através de pessoas competentes, felizes e motivadas.»
Pedro Branco
Business Director da Header™ | Top Executive Hunters