Agile RH

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Num mundo em contante transformação, com o digital a ocupar um papel cada vez maior na forma como trabalhamos e como comunicamos, a metodologia Agile tem vindo a ganhar popularidade. Embora tenha nascido no universo das tecnologias, hoje é uma metodologia e, sobretudo uma filosofia, utilizada em diferentes áreas, destacando aqui a sua utilização na área de recursos humanos.

Comecemos por compreender o que significa este conceito de agilidade. A agilidade organizacional é a capacidade de uma organização se adaptar de forma rápida e equilibrada às constantes mudanças do mercado, de modo a conseguir responder com a máxima qualidade às necessidades e expectativas de clientes e colaboradores.

As organizações ágeis estão mais bem preparadas para sobreviver em ambientes complexos, como aquele em que vivemos, porque conseguem encontrar oportunidades, antecipar ameaças e implementar mudanças de forma rápida e adequada. As organizações ágeis criam produtos e serviços, mas também novos modelos de negócio e formas inovadoras de acrescentar valor, de modo constante e sustentável.

Mas como é que conseguimos ter organizações ágeis? Pensemos numa organização como um sistema vivo, composto por várias partes interligadas, onde tudo o que cada área faz (ou não faz), afeta o resto da organização e consequentemente, o cumprimento dos objetivos a que esta se propôs, o nível de satisfação dos clientes e o grau de satisfação e motivação dos colaboradores. Desta forma, compreendemos a importância de deixarmos de ter organizações com estruturas rígidas, organizadas em departamentos que funcionam como silos, fechados sobre si mesmos, para passarmos a ter organizações com estruturas flexíveis, onde o trabalhado é desenvolvido numa lógica de projecto, de forma colaborativa entre as diferentes áreas e onde as equipas são constituídas de acordo com o conhecimento e competências necessários para desenvolver e entregar um produto/serviço com a máxima qualidade. Aqui, as pessoas são desafiadas a integrar projetos diferentes, onde também podem desempenhar papeis diferentes, de acordo com as necessidades do projeto. Assim, o conhecimento é transmitido transversalmente, as pessoas têm uma maior visibilidade dos processos, podendo contribuir com mais sugestões de melhoria, existe uma maior apropriação dos temas que dizem respeito ao negócio, um maior comprometimento com os resultados e com a inovação e isso, tem um impacto positivo na motivação dos colaboradores e na sustentabilidade da organização.

Claro que para que isso seja possível, temos de pensar a organização a dois níveis: como um todo, em termos de cultura e, ao nível individual, em termos da mentalidade/mindset das pessoas que aqui trabalham.

A cultura da organização tem de ser focada nas pessoas, clientes e colaboradores, estar assente em princípios e valores de colaboração, honestidade, confiança e transparência na comunicação, com uma liderança focada em desenvolver e acompanhar os colaboradores para que estes trabalhem de forma autónoma, e numa elevada qualidade de serviço, interna e externa. Quando o foco é este, a organização respira, entende e (re)estrutura-se para ir ao encontro daquilo que são as necessidades das pessoas que serve, clientes e colaboradores.

Mas a cultura é feita pelas pessoas que trabalham na organização. A forma como pensam, colaboram, comunicam entre si, se preocupam e cuidam umas das outras, a forma como assumem a responsabilidade por aquilo que fazem, o orgulho que sentem no trabalho que entregam e a forma como apostam no seu próprio desenvolvimento, são determinantes para que a agilidade seja uma realidade.

E obviamente, são precisos métodos e ferramentas de trabalho que ajudem as pessoas, individualmente e em equipa, a trabalhar de forma fluida, focada e alinhada. Podem ser metodologias Scrum, Kamban, uma mistura dos dois, uma versão melhorada de todos, na realidade podem e devem ser as metodologias mais adequadas às necessidades do momento – a flexibilidade é um dos princípios da agilidade.

A filosofia Agile veio transformar a forma como as organizações se posicionam no mercado de trabalho, como recrutam os seus candidatos, como os integram e como os desenvolvem. A filosofia Agile veio transformar a forma como os RH trabalham. De tal forma este movimento está a ter impacto que foi criado um Manifesto para o Desenvolvimento Ágil de RH. Diz o seguinte:

“Procuramos desenvolver uma cultura de trabalho envolvente. Através deste trabalho, passamos a valorizar:
· Redes colaborativas em vez de estruturas hierárquicas
· Transparência em vez de sigilo
· Adaptabilidade em vez de prescrição
· Inspiração e comprometimento em vez de gestão e retenção
· Motivação intrínseca em vez de recompensas extrínsecas
· Ambição em vez de obrigação”

Os RH têm aqui um papel fulcral no desenvolvimento desta cultura e mindsets ágeis, bem como na adoção de novas formas de trabalhar em toda a organização. É importante começarem por aplicar estas metodologias ágeis internamente para poderem depois ser mentores, formadores e coaches na transformação de toda a organização.

Para saber mais sobre este tema, inscreva-se no curso presencial “Agile RH”, com a duração de 7h, agendado para o dia 17 de Outubro, por Carmen Almeida- Agilidade Organizacional /Agile RH – Scrum Master /Design Thinking Facilitator /Mentoring