Erro 404: Talento Não Encontrado
Precisa de recrutar e não encontra o perfil certo?
Ou pior: Conseguiu recrutar, mas não correu bem e não consegue perceber o porquê?
O João é administrador de uma empresa industrial cuja produção destinada à exportação ultrapassa os 80%. O produto tem vindo a ser reconhecido internacionalmente e a empresa coleciona prémios, tanto a nível nacional como internacional. As Leads comerciais surgem com naturalidade e o potencial de vendas é promissor, contudo, para responder ao crescimento, é preciso aumentar o headcount.
Reconhecendo a realidade atual, o João está disposto a oferecer salários acima da média para ter profissionais motivados e alinhados com os objetivos da empresa. No entanto, tem enfrentado grandes dificuldades no recrutamento e, quando consegue contratar, tem tido dificuldades em fidelizar.
A pergunta impõe-se: o que está a falhar?
Este não é um caso isolado. Muitas empresas nacionais, com enorme potencial, enfrentam o mesmo obstáculo: um propósito que lhes permitiu crescer, mas que se revela atualmente insuficiente para atrair e fidelizar sangue novo.
Se não estamos a conseguimos atrair, recrutar ou fidelizar talento, o primeiro passo deverá ser parar e procurar olhar com distanciamento, um exercício nada fácil para quem vive diariamente dentro da estrutura.
Um olhar externo — isento, conhecedor do mercado e com experiência em diferentes contextos empresariais — pode fazer a diferença. Um diagnóstico bem estruturado ajudará a identificar bloqueios e a propor soluções práticas, muitas vezes simples. Podem ser pequenos detalhes do dia a dia que têm um grande impacto: a forma como se dá feedback, como se lidera, como se valoriza (ou não) determinados comportamentos e sobretudo a mensagem que se passa, ou que não se está a passar, para o exterior. Já encontrámos inúmeras empresas com uma ótima cultura e que não passam para fora o seu EVP (Employee Value Proposition).
O recrutamento deve ser mais do que uma resposta a uma vaga. Tem de ser um momento de diagnóstico: quem somos e qual a nossa realidade atual, quem precisamos e como preparamos a equipa para acolher um novo elemento.
Sendo feito um reconhecimento de realidade autêntico, a solução pode não ser a mais óbvia. É fundamental que o gestor esteja atento e disponível para eventuais decisões difíceis. Conhecer alguns candidatos diferentes (de si e/ou do candidato que projetou) pode abrir horizontes.
E igualmente importante é, após uma contratação, acautelar um onbording eficaz. Já sabemos que não há segundas oportunidades para uma boa primeira impressão. Além da descoberta que o profissional vai estar a fazer nos primeiros tempos numa organização, irá seguramente encontrar a habitual resistência das equipas, sobretudo se for diferente do seu antecessor. Caberá ao gestor e à estrutura preparar e mitigar as tensões deste momento decisivo para o sucesso da contratação.
Se sente que “algo” está a travar o crescimento da sua equipa, mas não consegue identificar o quê, peça ajuda! Um olhar externo pode ser a chave para desbloquear o potencial da sua organização.
Por Telma Gonçalves Delgado, Business Director da Header
