Em 2024, na área da formação comportamental, confrontamo-nos com um aparente paradoxo: a informação sobre estes temas encontra-se abundantemente acessível, mas continua a existir uma real necessidade das organizações em desenvolverem ações de formação para as suas equipas nestas áreas.
Com um simples clique na internet, encontramos uma infinidade de conteúdos, organizados e adaptados às nossas necessidades específicas. Utilizando a inteligência artificial, basta escrever “como posso ser um melhor líder da minha equipa”, ou “como posso gerir as emoções de forma a aumentar o bem-estar profissional”, ou ainda, “o que fazer para utilizar o humor nas minhas relações profissionais”. Em breves segundos, teremos disponível um manancial de informação com estratégias válidas que cada um pode adotar.
A aplicação prática do conhecimento
Perante esta realidade, surge a pergunta: com tanta informação ao nosso alcance, qual é, afinal, a real necessidade de formação? A resposta reside na aplicação prática do conhecimento. O provérbio oriental “saber e não fazer, ainda não é saber”, traduz perfeitamente essa essência. A verdadeira mudança acontece quando as teorias e conceitos são transformados em ações práticas, refletindo as competências individuais, as funções desempenhadas e a cultura da equipa e da organização.
Ir além da teoria e do conceptual, implica essa experimentação do real, a qual é indissociável das caraterísticas pessoais, das necessidades inerentes à função e do contexto organizacional. No nosso entender não é possível desenvolver ações de formação que respondam às reais necessidades da organização e dos seus colaboradores sem ter em conta estas 3 variáveis determinantes no desempenho.
Os programas de formação atuais devem ir além da simples transmissão de conhecimento. É fundamental promover a autoconsciência e a reflexão crítica, incentivando os participantes a analisarem suas próprias experiências e comportamentos. Encaramos a formação comportamental não como um mero depósito de informações, mas como uma estratégia de adaptabilidade e desenvolvimento contínuo para colaboradores e organizações.
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Conclusão
Num mundo de abundância de informação, a formação comportamental continua a ser essencial para impulsionar o sucesso das organizações. É através da aplicação prática do conhecimento, considerando as competências individuais, funções desempenhadas e o contexto organizacional, que se promove a verdadeira mudança.
Portanto, encarar a formação como uma estratégia de desenvolvimento contínuo, que promova a autoconsciência e a reflexão crítica, é fundamental para capacitar equipas e organizações a enfrentar os desafios do futuro com resiliência e excelência.
Por Luis Anselmo , formador Header™ na área comportamental
