Criatividade nas Organizações: de Potencial Adormecido a Ativo Estratégico

Artigo Opinião Telma Delgado (3)

Criatividade nas Organizações: de Potencial Adormecido a Ativo Estratégico

A criatividade é uma competência inata ao ser humano. Está presente em todos nós, independentemente da área de atuação ou percurso profissional.

Desde cedo, os contextos em que crescemos (em casa, na escola ou nos círculos sociais) condicionam a forma como pensamos e nos expressamos. À medida que avançamos na vida adulta e ajustamos às exigências do mundo que nos rodeia, capacidade criativa tende a adormecer e é frequentemente substituída por rotinas, processos rígidos e uma crescente aversão ao erro.

No mundo do trabalho, esta influência prolonga-se. Ainda hoje, é comum encontrarmos modelos de liderança que restringem a iniciativa, centralizam decisões e perpetuam culturas pouco abertas à participação e à inovação.

No entanto, este potencial criativo, sendo um dos principais fatores diferenciadores da vitalidade organizacional, pode (e deve!) ser reativado e reconhecido como um verdadeiro ativo estratégico.

Ao longo da vida, a criatividade é fortemente moldada por dois fatores: o medo e a confiança. Se o medo inibe, silencia e paralisa, a confiança desbloqueia o pensamento criativo, promove a liberdade de expressão e incentiva novas abordagens. É este equilíbrio — entre segurança psicológica e estímulo à ousadia — que define o espaço onde a criatividade pode florescer.

Quando os colaboradores se sentem confiantes e seguros para contribuir, quando o erro é reconhecido como parte natural do processo de aprendizagem e existe espaço para pensar de forma diferente, a criatividade emerge de forma espontânea. É nestes contextos que nascem as verdadeiras “soluções fora da caixa”: ideias disruptivas com impacto real e duradouro na performance das organizações.

Promover este tipo de cultura depende, acima de tudo, da visão e da ação das lideranças. São elas que definem o ambiente, modelam comportamentos e influenciam diretamente o grau de liberdade, confiança e colaboração dentro das equipas. Quando reconhecem a criatividade como um fator estratégico e promovem ativamente a sua expressão, os resultados surgem de forma natural, sustentada e escalável.

É precisamente neste ponto que os planos de desenvolvimento e formação assumem um papel transformador. Mais do que transmitir conteúdos, estas iniciativas têm o poder de reconectar pessoas e equipas com a sua essência criativa. Formar é, também, criar condições para a experimentação, para o erro construtivo e para a busca de soluções originais para os desafios do dia a dia.

Na Header, desenvolvemos projetos formativos orientados para esse propósito. Com abordagens personalizadas, práticas e centradas nas pessoas, apoiamos organizações que pretendem fortalecer culturas, transformando em culturas mais inovadoras, participativas e alinhadas com os desafios do presente e do futuro.

Deste modo, reativar o potencial criativo não é apenas uma mais-valia, é uma necessidade estratégica.

E esse caminho começa com a decisão consciente de criar contextos onde as pessoas se sintam verdadeiramente capacitadas para pensar, propor e inovar.

Porque o verdadeiro valor de uma organização reside, sempre, nas pessoas que a constroem no dia a dia, todos os dias.

Por Joana Almeida Senior Business Developer da Header