Covid-19 – CONGELAR OU REAGIR?

Covid-19 – CONGELAR OU REAGIR?

 

COVID-19 | CONGELAR OU REAGIR?

UMA EXPLORAÇÃO DA REAÇÃO HUMANA À ADVERSIDADE

 

Todos temos um objetivo que queremos alcançar para nos sentirmos satisfeitos. Porém, o ser humano é um eterno insatisfeito; quando atinge esse objetivo, depressa define outro. Se as organizações são fundadas, geridas e compostas por pessoas, os objetivos das organizações são muito parecidos com os das pessoas: conforto, sucesso, felicidade.

Todos definimos o nosso propósito em termos pessoais, profissionais e organizacionais. Analisamos o ponto A, onde estamos, e o ponto B, onde queremos ir, e assim definimos a nossa melhor estratégia e o tempo para lá chegarmos. No entanto, podem surgir fatores externos sobre os quais não temos influência e que dificultam realizar o objetivo.

As crises têm efeitos nefastos para a generalidade das pessoas e organizações; contudo, é muitas vezes neste contexto que as ameaças se tornam oportunidades. Veja-se o exemplo do grupo de voluntários portugueses que conseguiram desenvolver um ventilador de emergência, com custo de produção muito inferior ao padrão, em código aberto e registando a patente em nome da humanidade, para que ninguém lucre com isso.

O atual panorama económico poderá gerar fortes constrangimentos — possibilidades de insolvências, despedimentos, quebra significativa nos rendimentos, etc. —, causando stresse (ansiedade) nos indivíduos e podendo levá-los ao burnout e à depressão.

Mas o stresse também pode ser positivo. O stresse é uma resposta do organismo a situações de perigo (adversidade), impelindo o indivíduo à ação (fuga, ataque…) e, por exemplo, salvando-lhe a vida. O stresse pode ajudar-nos a encontrar respostas mais eficientes para os nossos desafios, mas pode ser prejudicial se a ele nos expusermos continuamente com elevados níveis.

De acordo com Peter M. Senge (The Fifth Discipline), as organizações que aprendem (e prosperam) são aquelas em que as pessoas desenvolvem continuamente as suas competências de maneira a criarem o futuro que idealizaram, concretizando a sua visão. Estas organizações incentivam a participação das suas pessoas na consecução de um objetivo comum (veja-se o caso de Dan Price, CEO da Gravity, que pediu ajuda aos seus colaboradores e salvou – para já – a empresa da falência devido à crise gerada pela covid-19).

É também isto que define as pessoas resilientes: a capacidade de olharem para a adversidade como catapulta para o sucesso, muitas vezes através do improviso. As organizações que se munem de profissionais resilientes serão, também elas, capazes de reagir a crises como a que vivemos atualmente, pois serão capazes de redefinir, e mesmo inverter, processos.

Costuma dizer-se: «Quando temos um problema, se nos aborrecemos, ficamos com dois problemas.» Nestas dualidades de stresse negativo / stresse positivo, tensão emocional / tensão criativa, baixa resiliência / alta resiliência, há sempre duas dimensões: a exterior, que posso não conseguir influenciar, e a interna, que consigo controlar (atitude). A atitude perante a adversidade depende, em suma, de cada um de nós; podemos ficar sentados a queixar-nos da sorte, ou arregaçar as mangas e ir à luta para reverter a situação.


Pedro Branco
Business Director da Header | Top Executive Hunters

 

 

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